terça-feira, 9 de outubro de 2012

HOMILIA DE BENTO XVI NO INICIO DO SÍNODO DOS BISPOS


Tiveram início nesta segunda de manhã, no Vaticano, os trabalhos da 13ª assembleia geral ordinária do Sínodo dos Bispos, dedicada ao tema ‘A nova evangelização para a transmissão da fé cristã’, com a maior presença de participantes na história destes eventos: 262 cardeais, arcebispos e bispos, maioritariamente designados pelas conferências episcopais (172), a que se juntam peritos e outros convidados, incluindo representantes de outras 15 Igrejas cristãs, entre os quais Rowan Williams, arcebispo da Cantuária e primaz da Igreja Anglicana.
Esta manhã, a abrir o primeiro encontro (“congregação geral”), os Padres sinodais cantaram a Hora (litúrgica) de Tércia, tendo o Santo Padre feito uma intervenção, improvisada, comentando o sentido das palavras “evangelho” e “evangelizar” e o respetivo hino. “Evangelho quer dizer – Deus rompeu o seu silêncio, Deus falou, Deus fala. È o Deus conosco. È esta a salvação. Como fazer chegar ao homem de hoje esta boa nova? 

O Secretário Geral do Sínodo, arcebispo Nicola Eterevic, propôs então o chamado “Relatório prévio (‘relatio ante disceptationem’)”, que antecede as intervenções dos vários participantes, tomando em consideração as sugestões e propostas enviadas pelas Conferências Episcopais, os Sínodos das Igrejas de rito oriental, os Dicastérios da Cúria Romana e a União dos Superiores Gerais (das Ordens e Institutos religiosos). D. Eterovic desenvolveu a sua exposição em sete aspetos: 
- O que proclamamos, quem proclamamos? A Palavra de Deus; - recursos recentes que nos podem ajudar na nossa terefa; - circunstâncias especiais do nosso tempo que tornam necessário este Sínodo; - elementos da Nova Evangelização; - fundamentos teológicos para a Nova Evangelização; - qualidades dos novos evangelizadores; e finalmente – carismas da Igreja de hoje que corroboram a tarefa da Nova Evangelização. A concluir, D. Nicola Eterovic, apontou aos Padres Sinodais quatro principais pistas de aprofundamento e intervenção:
- reafirmar a natureza existencial da evangelização; - observar as bases teológicas da Nova Evangelização: - animar as muitas manifestações atuais da Nova Evangelização; e – propor modos concretos para estimular, estruturar e levar a cabo a Nova Evangelização. 

A sessão desta manhã foi presidida por um dos três cardeais delegados, nomeados pelo Santo Padre: o cardeal John Tong Hon, bispo de Hong Kong, China. Os outros dois presidentes delegados são os cardeais Francisco Robles Ortega (arcebispo de Guadalajara, México) e Laurent Monsengwo Pasinya (arcebispo de Kinshasa, República Democrática do Congo).
Bento XVI nomeou 12 cardeais, 20 bispos e quatro padres para participarem no Sínodo e aprovou a escolha de 45 peritos (‘adiutores secretarii specialis’), entre os quais 7 religiosas e 3 leigas, e 49 ouvintes (‘auditores’), incluindo 19 mulheres.
Entre os participantes estão, nomeadamente, Kiko Arguello, iniciador do Caminho Neocatecumenal; a irmã Mary Prema Pierick, superiora geral das Missionárias da Caridade, fundadas por Madre Teresa de Calcutá; Maria Voce, presidente do Movimento dos Focolares, e o padre Julián Carrón, do Movimento Comunhão e Libertação.
Há ainda três “convidados especiais”, chamados a uma intervenção especializada: o irmão Alois, prior da Comunidade Ecuménica de Taizé (França); Lamar Vest, presidente da Sociedade Bíblica Americana (EUA); eWerner Arber, presidente da Academia Pontifícia das Ciências.
Estão previstos 23 encontros (congregações) gerais, nas quais cada interveniente dispõe de 5 minutos para falar, e 8 sessões de trabalhos de grupos. Em cada dia está previsto uma hora para intervenções livres dos padres sinodais, que dispõem para tal de um máximo de 3 minutos, toda cobertura do Sínodo dos Bispos você vai pode conferi aqui.

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